Hoje eu queria uma tranqüilidade diferente, talvez menos cansada...
Sei que é pelas próprias mãos que se trás a dor e sofrimento, mas a gente aprende não é assim?
Errando...
É absurdo como nossa visão é limitada as nossas experiências, quantas coisas eu vivi sem perceber e deixei de viver por não entender... Várias, diversas, inúmeras...
Por isso pensei em ter uma vida nova, do zero: pra amar mais e errar menos.
Pra inclusive me amar mais e não ser tão dura comigo mesma.
Minha sorte, é que talvez com essa vida mesmo, eu consiga realizar esses desejos.
O que ninguém pode dar ou tomar, por mais importante que seja, é o tempo. Esse senhor, implacável, constante, veloz, impiedoso, bondoso, intransigente e paciencioso.
O tempo tem feito maravilhas por mim, tem sido ingrediente fundamental pra que eu esteja de bem com a minha essência, pra que eu seja mais flexível e paciente, pra acreditar, pra não aceitar, pra calar, pra amar, pra ser serena.
O que me dói, é a percepção de que nos perdemos de nós mesmos.
Como é estranho sentir-se tão familiar para si mesmo após estar alheio.
Como perdemos o controle da visão as peculiaridades da vida?
Como a simplicidade de parar pra ouvir o coração; parece-me que algumas pessoas preferem silenciá-lo.
Eu mesma já o fiz, essa é uma das coisas que me arrependo mais.
Meu coração tem cicatrizes que um dia foram feridas abertas. Cuidei dessas feridas com o soro de minhas lágrimas, com óleos essenciais de acalento, compressas de entendimento, finalizei o tratamento com uma camada de bálsamo calmante e alívio pelos erros, onde continha fé e esperança; deixei também um curativo leve que o protegesse, mas que permitisse o acesso...
Às vezes tenho vontade de retirar o band-aid, pra saber como vou me sentir... Acho que faz parte da nova vida que almejo e anseio ver-me livre do que fecha e protege.
Não quero a frieza das máscaras, das cascas, dos tipos.
Tenho simples desejo, não temer viver sem bafejos; Como alguém que teme andar sem as muletas após a reabilitação.
Estou nesse impasse...
Desejo transpor.
Imago: livra-se da crisálida, ata-se ao porto seguro, estenda suas asas e aguarde até que estejam secas... Agora pode voar!
Simples desejo: Uma vida nova sem o receio de amar....
(Andressa Busch)
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