Contagem regressiva

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Como um jardim de inverno


Mudei, fiz meus planos pra dentro... Por isso você não vê.
Gosto do meu mistério;
Eu danço meus versos, bagunço meus pensamentos, distraio os interesses...
Leve canto, vejo a lambreta, lembro dos momentos bons, agradeço a endorfina, e aceito a sina.
Que eu acorde cedo, e durma tarde quando isso for somar algo!
Porque planto minhas garantias, me edifico, deixo a alma falar, escuto as pessoas queridas;
Ando achando tudo bom...
Comemorando as portas que se abrem e fecham sem me esquecer das janelas...
Fazendo de uma barra de chocolate a pólvora da minha alegria!
Achando bom ser pequenina e confusa, e como pode ser tão interessante ser assim?...
Não me lembro de ter dito... Mas eu adoro janelas!
Porque elas nos dão uma amostra do que está acontecendo em outro ambiente, e até nos motivam a mudar os ares...
Já mudei tudo em mim!
Eu mudei meu sono, meu sonho, meu perfume, meus brincos, minha roupa, as unhas, meu cabelo, que era grande e ficou pequeno e agora já está quase grande de novo... (o tempo passa!)
Eu mudei a cara da saudade, da ansiedade, mudei os métodos laborais, mudei de emprego, mudei o caminho que eu fazia, os lugares que eu freqüentava, mudei minha alimentação, mudei até o travesseiro, e agora eu tenho um blog! Tem tanta gente que me lê e me entende, deve ser possível perceber que eu mudei...
Mas agora, pra tudo ser novo, no novo jeito de ser...
Eu preciso dar ré e atropelar o que “Foi”, pisando fundo sem apertar os olhos (fria)!
Eu preciso confiar, no jeito novo... É estranho ser novo.
É bom, estranho igual andar de carro novo... Leva um tempinho pra pegar o ponto da embreagem, pra acostumar com a direção mais leve, com o cambio... Mas desconheço quem não goste;
Se já mudei tudo em mim, acho que o que falta é sair por aí.
Talvez seja bom espalhar um pouco de mim...
Meus planos são como um jardim de inverno, que pouco dependem do sol ou da chuva.
Como um jardim de inverno, eu cuido do cultivo, e não espero nada;
Não é porque acho que as coisas boas não vão acontecer pra mim, ou porque não espero nada das pessoas... 
É que eu prefiro me surpreender sempre!

Eu respiro fundo a tranqüilidade, arrepio os bons fluídos, acalmo os sentimentos, organizo meus devaneios...

Não consigo parar de fitar a janela...

Abre os braços e sorri, vejo tudo que em silêncio tagarela lá fora...

Sai lá fora pra apreciar; pra se aventurar!...

(Andressa Busch)



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