Contagem regressiva

domingo, 25 de setembro de 2011

Posso falar?


Posso falar?
É que agora não "tô" nem soluçando mais...
Hoje meu coração ficou tão apertado... E era tão tarde... Não quis voltar pra casa, então eu fiz aquele velho caminho que pega a pista e chega na sua casa...
Eu precisava pelo menos passar na porta da sua casa, porque NADA poderia me acolher tanto quanto lembrar que você entendia a minha alegria triste, a minha vontade, minha euforia, minha inocência...
Sabe que fazia tanto tempo que eu não fazia aquele caminho que eu errei, de novo, mas dessa vez eu não tive medo (porque antes qdo eu pegava a pista com a minha moto eu tinha medo...);
Então eu fui pra Sertãozinho e peguei o primeiro retorno...
Mas não desisti da ideia de estar a caminho (e no caminho certo), eu voltei de novo, na pista, e acertei o caminho, só pra ir e voltar...
Pra música gritar nos meus ouvidos aquilo que o coração precisava falar...
Pro vento secar minhas lágrimas, esfriar o que precisa ser menos quente, e aquecer o que precisava ter mais calor...
Porque eu não quero mais os amores que não sabem amar, nem caminhos novos, eu quero nunca esquecer o velho...
Não é por tudo que deu errado, eu juro!
Juro que é por tudo que deu certo... Você tem minha palavra.
Porque no fundo você sabia, que eu não sabia ser amada, que eu não queria ter medo, me entregar...
Eu achava que não era complicada, que estava certa...
Sei que te magoei, mas juro por tudo que seja mais solene, isso nunca foi minha intenção!
EU errei, eu erro, eu errarei... Me perdoe...
Porque eu fui o amor que não soube amar...
Eu me decepcionei... E sei...
Não tem preço o respeito, o perdão, a liberdade verdadeira, o silêncio da paz, a sensação do dever cumprido, a união...
Tem sido difícil, e sim tenho vergonha do insucesso...
De chorar, da dor no peito, da gravata na garganta, da mão tremula, da promessa de orgulho ferido com raiva....
Eu queria ir embora... Eu queria um cantinho só meu, porque eu tenho me sentido desrespeitada, violentada, provocada, e eu tentei, mas de novo errei, não fui boa no "nem ligo"...
Eu não te procurei, não te liguei, embora implorasse pelo abraço sem nenhuma palavra, porque eu não tenho esse direito a muito, e sei...
Mas hoje, te juro...
Que eu queria saber menos, SENTIR menos, soluçar menos, pra curar a coluna e o coração...
Eu queria covardemente, encostar a minha cruz...
Queria uma atmosfera leve, queria que meu sorriso não me enganasse...
Queria fazer diferente...
Será que posso começar de novo???
Essa é a oração do coração em prantos da madrugada que amanhece, cansada de bater a cabeça, dos autos-maltratos, do duro auto-julgamento, dos caminhos que não viam retorno...
Hoje eu to tão cansada...
Posso fazer diferente, como se antes não tivesse valendo?
Posso ficar quietinha, com a minha cara de quero-colo?
Sem ninguém perguntar nada?
Posso continuar imaginando que você mexe no meu cabelo pra dormir?
Só amanhã....
Porque depois de amanhã eu tenho fé! Vai passar.
(Andressa Busch)

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